sexta-feira, 7 de outubro de 2022

AULA DE GEOGRAFIA 9º ANO A

 ORIENTE MÉDIO

A região que compreende o Oriente Médio está localizada na porção oeste do continente asiático,conhecida como Ásia ocidental. Possui extensão territorial de mais de 6,8 milhões de quilômetros quadrados,com população estimada de 260 milhões de habitantes. É composta por 15 países: Afeganistão, Arábia Saudita,Bahrain, Catar, Emirados Árabes Unidos, Iêmen, Irã, Iraque, Israel, Jordânia, Kuwait, Líbano, Omã, Síria,Turquia.

CLIMA:

O clima do Oriente Médio é árido e semiárido, o que proporciona o predomínio de uma paisagem vegetalmarcada pela presença de espécies xerófilas (nas áreas de clima árido), ou de estepes e pradarias (nas áreas declima semiárido). Apenas pequenas faixas de terra, na porção litorânea, apresentam climas um pouco maisúmidos, onde há presença de formações vegetais arbustivas.

ATIVIDADES ECONÔMICAS:

O petróleo é o principal produto responsável pela economia dos países do Oriente Médio. Nessa região estálocalizada a maior concentração mundial dessa fonte energética (aproximadamente 65% de todo o petróleomundial). Essa grande quantidade de petróleo, aliada a fatores econômicos e políticos, criou as condições paraa formação, em 1960, de um dos mais importantes cartéis do mundo atual, a Organização dos PaísesExportadores de Petróleo (OPEP). Outra atividade econômica importante no Oriente Médio é a agropecuária.

Por ser realizada dominantemente de forma tradicional, com uso de pouca tecnologia e mecanização, essaatividade incorpora cerca de 40% da população economicamente ativa. O predomínio de climas áridos esemiáridos na região é bastante prejudicial para o desenvolvimento dessa atividade econômica. A atividadeindustrial no Oriente Médio apresenta pouca expressividade. Nos países petrolíferos, há a existência de refinarias e petroquímicas. Outras indústrias se relacionam aos setores mais tradicionais, como o têxtil e oalimentício.

O turismo é outra atividade que vem apresentando importância para alguns países do Oriente Médio, a exemplode Israel e Turquia (que recebem cerca de 2,5 milhões de turistas por ano).

RELIGIÕES:

No Oriente Médio, aproximadamente 238 milhões de pessoas (cerca de 92% da população) são muçulmanas. Amaioria pertence às seitas sunita e xiita (sugeridas logo após a morte do profeta Maomé, em 632 d.C.). Hágrupos menores de mulçumanos, como os drusos e os alauitas.

A região abriga ainda cerca de 13 milhões de cristãos, muitos de igrejas árabes, como a copta ou a maronita,que estão entre as mais antigas do cristianismo. Além disso, também vivem no Oriente Médio cerca de 6 milhõesde judeus, quase todos em Israel. A migração desses deu-se em ondas, originárias primeiro da Europa e, depois,de todo o mundo. Por isso, no Estado judeu encontram-se inúmeros grupos étnicos cujas culturas, tradições,orientações políticas e práticas religiosas variam muito e são livremente expressas.

CONFLITOS:

A região do Oriente Médio é uma das áreas mais conflituosas do mundo. Diversos fatores contribuem para isso,entre eles: a sua própria história; origem dos conflitos entre árabes, israelenses e palestinos; a posição geográfica, no contato entre três continentes; suas condições naturais, pois a maior parte dos países ali localizados é dependente de água de países vizinhos; a presença de recursos estratégicos no subsolo, casoespecífico do petróleo; posição no contexto geopolítico mundial.

As fronteiras das novas nações, definidas de acordo com interesses europeus, não consideraram a história e astradições locais, consequentemente vários conflitos ocorreram e continuam ocorrendo no Oriente Médio.

Os novos Estados árabes – Iraque, Kuwait, Síria, Líbano, Jordânia – brigaram por recursos naturais e território. O conflito mais grave ocorreu na Palestina, para onde, até o fim da Segunda Guerra, havia migrado meio milhão de judeus. Quando foi criado o Estado de Israel, cinco países árabes atacaram, na primeira das seis guerras entre árabes e israelenses.

JERUSALÉM:

Os cartógrafos medievais situavam Jerusalém no centro do mundo e, para muita gente, a Cidade Velha continua a ser assim considerada. Para os Judeus, o Muro das Lamentações, parte do Segundo Templo, é o local mais sagrado de todos. Acima dele está o Domo da Rocha, o terceiro local mais importante no islamismo, de onde Maomé subiu aos céus. A poucos quarteirões dali, a Igreja do Santo Sepulcro assinala o local tradicional da crucificação, do enterro e da ressurreição de Jesus. Israel reivindica a cidade como sua capital eterna; já os palestinos a querem como capital de seu Estado. O conflito existente entre árabes palestinos e israelenses está no centro de debates políticos e diplomáticos atuais. Embora de religiões diferentes (israelenses são judeus e entre os palestinos há muçulmanos, cristãos e drusos), o conflito não é religioso, mas territorial. Esse conflito se acirrou no fim do século XX.

A Palestina, também chamada de "Terra Santa", está localizada entre o Rio Jordão e o Mar Mediterrâneo. Até o início da Primeira Guerra Mundial estava sob o domínio do Império Otomano. Com o fim do império, a Inglaterra passou a administrar a região a partir de 1917. Até o fim de 1946, a Palestina era habitada por 1,2 milhão de árabes e 608 mil judeus.

A área disputada pelos dois grupos passou a ser dominada por judeus a partir do fim da guerra. Ao fim do conflito, os judeus iniciaram uma série de movimentos migratórios em uma tentativa de fuga das perseguições ocorridas na Europa. Para esse povo, a região é denominada "Terra Santa" e "Terra Prometida", mas o conceito de lugar sagrado é partilhado também pelos muçulmanos e cristãos.

quinta-feira, 28 de julho de 2022

ARTES 8 ANO

 




O que é Organologia?

 

Recebe o nome de organologia  a ciência que trata dos instrumentos musicais em geral. O estudioso de organologia procura explorar todas as informações  a respeito de determinado instrumento musical, como por exemplo a engenharia e os conceitos empregados no mesmo, não tendo restrição geográfica, histórica, conceitual ou cultural, tratando assim dos mais diversos períodos, mesmo que o objeto de seu estudo produza somente alguns tons ou o utilize apenas para fins puramente estéticos ou em contextos religiosos, de magia ou finalidades práticas.

 

De acordo com tal ciência, um instrumento musical, para conseguir tirar som, necessita de três sistemas básicos, presentes em quase todos os aparatos destinados à produção de som: os sistemas excitador, ressoador e radiante. Assim, um violino tira o som de uma forma diferente da guitarra, que também difere da harpa, do trombone, da guitarra elétrica, etc.

O sistema excitador corresponde ao mecanismo físico que gera as vibrações sonoras. Nos instrumentos de cordas (cordofones), é necessário que uma corda vibre para gerar o som. No caso dos aerofones (instrumentos de sopro), a produção do som depende do movimento do ar.

O sistema ressoador é aquele que amplifica o estímulo originalmente dado pelo sistema excitador. No violino, por exemplo, ao friccionar suas cordas com o arco, este produz uma vibração nestas que é transmitida pelo cavalete ao sistema ressoador: a caixa, que irá amplificar o som, dando-lhe um timbre definido, que pode ser bom ou mau, pois tudo depende da madeira, da construção, acabamento, etc.

O terceiro sistema, o radiante, é o responsável pela chegada do som até o público ouvinte. A energia vibratória que sai do sistema ressonante tem de possuir uma certa capacidade para fazer o ar vibrar, condicionando assim, o timbre do instrumento. Tomando novamente como exemplo o violino, o seu sistema radiante são as aberturas em "F" escavadas em seu tampo, além da qualidade da madeira, o verniz e a própria caixa. Este conjunto somado amplifica, mas depois ainda tem de ter qualidade na chegada do som às pessoas.

Considerados estes três sistemas básicos, o instrumentos são posteriormente classificados em:

 

  • Idiofones - produzem som por meio da vibração de corpos sólidos, sem estar submetidos a tensão (triângulo, sino, etc).

  • Membranofones - produzem som por meio da vibração de uma membrana sob tensão (tambores)

  • Cordofones - produzem som a partir da vibração de uma corda sobre tensão (piano, violino, guitarra, etc)

  • Aerofones - produzem som a partir da vibração de uma massa de ar (flauta, trompete, etc.)

  • Eletrofones - O som é produzido a partir de um campo eletromagnético.

 

A partir dessas duas classificações básicas, os instrumentos musicais recebem ainda outras caracterizações mais pormenorizadas. A organologia comunica-se com os mais diversos campos da ciência, da engenharia à arqueologia, sendo importante mesmo no conhecimento de instrumentos musicais e na música em geral das antigas culturas humanas.

GEOGRAFIA 9º ANO


Guerra Fria


A Guerra Fria foi uma luta político-militar entre o socialismo e o capitalismo liderada pela União Soviética e Estados Unidos .

Esta conflagração teve início após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), mais precisamente em 1947, quando o presidente americano Henry Truman faz um discurso no Congresso americano, afirmando que os Estados Unidos poderia intervir em governos não democráticos.

Esta época ficou assim conhecida porque ambos os países nunca se enfrentaram diretamente num conflito bélico.

A Guerra Fria termina com a Queda do Muro de Berlim (1989) e o fim da União Soviética, em 1991. Os Estados Unidos foram os vencedores deste peculiar conflito, pois sua situação econômica era superior à russa.

Início da Guerra Fria (1947)

Guerra Fria

Charge ironizando o mundo dividido entre Estados Unidos e União Soviética

Em 1947, com o objetivo de combater o comunismo e a influência soviética, o presidente americano Harry Truman proferiu um discurso no Congresso americano. Nele, afirmava que os Estados Unidos se posicionariam a favor das nações livres que desejassem resistir às tentativas de dominação externa.

No mesmo ano, o secretário de Estado americano, George Marshall, lançou o Plano Marshall, que propunha a ajuda econômica aos países da Europa Ocidental. Afinal, os partidos de esquerda cresciam devido ao desemprego e a crise generalizada, e os Estados Unidos temiam perdê-los para a URSS.

Como resposta, a União Soviética criou o Kominform, organismo encarregado de conseguir a união dos principais partidos comunistas europeus. Também era sua tarefa afastar da supremacia norte-americana os países sob sua influência, gerando o bloco da “cortina de ferro”.

Além disso, foi criado em 1949, o Comecon, uma espécie de Plano Marshall para os países socialistas.

Expansão da Guerra Fria

Ao fim das negociações entre os vencedores da Segunda Guerra Mundial, a Europa ficou dividida em duas partes. Estas correspondiam ao limite do avanço de tropas soviéticas e americanas durante a guerra.

A parte oriental, ocupada pelos soviéticos, tornou-se área de influência da União Soviética.

Os partidos comunistas locais, apoiados pela URSS, passaram a exercer o poder nesses países. Estabeleceram as chamadas democracias populares na Albânia, Romênia, Bulgária, Hungria, Polônia e Checoslováquia.

Na Europa, somente a Iugoslávia estabeleceu um regime socialista independente da União Soviética.

Por outro lado, a parte ocidental, ocupada principalmente por tropas inglesas e norte-americanas, ficou sob a influência dos Estados Unidos. Nessa área, consolidaram-se democracias liberais, com exceção das ditaduras na Espanha e em Portugal.

As duas superpotências buscavam ampliar suas áreas de influência no mundo, intervindo direta ou indiretamente nos assuntos internos destes países.

OTAN e o Pacto de Varsóvia

A Guerra Fria provocou a formação de duas alianças politico-militares:

  • a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN);
  • o Pacto de Varsóvia.

A OTAN, fundada em 1949, era composta inicialmente por Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, França, Bélgica, Países Baixos, Luxemburgo, Dinamarca, Noruega, Finlândia, Portugal e Itália. Mais tarde juntaram-se Alemanha Ocidental, Grécia e Turquia, opondo toda a Europa Ocidental à União Soviética.

Em 1955, em represália, a União Soviética criou o Pacto de Varsóvia, para impedir o avanço capitalista na sua área de influência. No ano de sua fundação faziam parte URSS, Albânia, Alemanha Oriental, Bulgária, Tchecoslováquia, Hungria, Polônia e Romênia.

Os dois pactos tinham em comum o compromisso de mútua proteção entre seus membros, pois entendiam que a agressão a um deles atingiria a todos.

O Pacto de Varsóvia desapareceu entre 1990 e 1991, em consequência do fim dos regimes socialista do Leste europeu. Como consequência, a OTAN perdeu o significado que lhe deu origem.

Disputas na Guerra Fria

No início dos anos 60, a construção do Muro de Berlim, em 1961; e a crise dos mísseis, em 1962, provocaram o aumento das tensões internacionais.

Guerra Fria charge

Charge ilustrando Nikita Khrushchev (URSS), à esq., e Jonh Kennedy (EUA) travando uma queda de braço durante a década de 60 para saber qual país era mais forte

Muro de Berlim (1961)

A construção do Muro de Berlim, em 1961, dividiu a cidade de Berlim entre Berlim Ocidental e Berlim Oriental.

O objetivo era impedir a saída de profissionais e trabalhadores qualificados que deixavam a socialista Alemanha Oriental em busca de melhores condições de vida na capitalista Alemanha Ocidental.

Crise dos Mísseis (1962)

Por outra parte, a crise dos mísseis teve origem na pretensão soviética de instalar bases e lançamento de mísseis em Cuba. Se isto se concretizasse, seria uma ameaça constante para os Estados Unidos.

A reação americana se fez imediata, através de um bloqueio naval sobre Cuba, o único país da América que havia adotado o regime socialista. O mundo conteve a respiração, pois nesse momento, as chances de uma terceira guerra mundial eram reais.

As negociações foram tensas, mas os soviéticos desistiram de colocar os mísseis em Cuba. Em troca, os Estados Unidos fez o mesmo nas suas bases na Turquia, seis meses depois.

Corrida Espacial

Outra característica da Guerra Fria foi a Corrida Espacial iniciada no final da década de 50.

Os soviéticos saíram na frente, em 1957, com os satélites Sputnik, mas os americanos os alcançaram e fizeram o primeiro homem caminhar em solo lunar, em 1969.

A corrida espacial não incluía somente o objetivo de levar pessoas ao espaço. Também fazia parte do projeto desenvolver armas de longo alcance, como mísseis intercontinentais e escudos espaciais.

O fim da Guerra Fria (1991)

Os historiadores atribuem dois acontecimentos importantes para o fim da Guerra Fria: a queda do Muro de Berlim, em 9 novembro de 1989 e o fim da União Soviética, em 1991.

O conflito ideológico só foi terminado graças às negociações estabelecidas por Ronald Reagan e Mikahil Gorbachev durante a década de 80.

A queda do Muro de Berlim foi o marco visível que simbolizou o fim dos regimes socialistas no Leste europeu. Após sua derrubada, os regimes socialistas foram caindo um a um, e em outubro de 1990, as duas Alemanhas foram finalmente unificadas.

Igualmente, a desintegração da União Soviética, em 1991, inaugurou um novo período na história mundial, dando início ao processo de implantação do capitalismo em todos os países do globo.

Consequências da Guerra Fria

Na economia, o fim da Guerra Fria iniciou a expansão do capitalismo a todos os países do globo.

O mundo abandonou as disputas ideológicas das décadas anteriores para se concentrar em apenas em uma ideologia, a capitalista. Nesta fase, o capitalismo assumiu o nome de neoliberalismo, onde o Estado deve intervir o mínimo possível na economia.

Já com a desintegração da União Soviética surgiram quinze novos países. Na Europa, observamos a separação da Tchecoslováquia e o início da Guerra da Iugoslávia.

As instituições lideradas pela União Soviética desapareceram. O Pacto de Varsóvia acabou entre 1990 e 1991, em consequência do fim dos regimes socialista do Leste europeu.

A própria OTAN perdeu o significado que lhe deu origem e agora é uma aliança militar utilizada para o combate ao terrorismo.

Alguns resquícios da Guerra Fria no mundo atual são a separação da Coreia do Norte e do Sul, a existência de ogivas nucleares americanas em bases da Alemanha e a tensão nas relações entre a Rússia e os Estados Unidos.